escrevo o que sinto.

Wednesday, December 22, 2004

invisível

gosto do silêncio
fico ouvindo minha respiração
levando os segundos embora
um a um
numa medida exata de tempo
é tão fácil fechar os olhos
demonstrar satisfação
plenitude
o ar é uma dádiva
ele não existe
para os nossos olhos
gosto de coisas que não existem
deste tipo
a voz
o vento
o avesso da imagem
a não-intenção
espontaneidade
ato falho
a verdade que escapa
pelas mãos traiçoeiras da razão
tudo o que é pensado é falso
e triste

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